As fraturas, de maneira geral, alteram a estrutura óssea e muscular e o tecido conjuntivo, causando edema acentuado, dor e espasmos musculares. Consequentemente, favorecem o aparecimento de alterações posturais e imobilidade dos segmentos afetados e não afetados. Esta imobilidade acentua ainda mais as alterações musculoesqueléticas, leva a alterações respiratórias, favorece o aparecimento de trombose venosa e a formação de úlceras de decúbito. Todas essas alterações geram alterações emocionais e comportamentais, medo e insegurança.
Como a Acupuntura pode contribuir neste quadro?
A Acupuntura tem como objetivo o equilíbrio energético e a melhora de alterações físicas, que não sejam estruturais, e psíquicas. Também acelera a consolidação óssea e o processo de cicatrização. Por isso, potencializa e facilita os resultados da Fisioterapia tanto na fase pré quanto pós-operatória. Na fase pré-operatória, a Fisioterapia tem como objetivo o controle da dor, edema e espasmo muscular da região acometida. Também ajuda a manter a força muscular e a amplitude de movimento dos seguimentos não afetados e liberados pelo ortopedista para serem mobilizados, bem como a reduzir a perda de força muscular do seguimento afetado por meio de exercícios isométricos (desde que não haja crepitação no local da fratura e seja respeitada a imobilização do paciente e as orientações do ortopedista). A Fisioterapia também ajuda a manter a capacidade respiratória, estimular a deambulação (no caso de fraturas do membro superior sem nenhum comprometimento de coluna e membros inferiores), orientar o paciente em relação ao posicionamento correto no leito, entre outros objetivos.
Na fase pós-operatória, a Fisioterapia tem como objetivos adicionais a mobilização precoce do membro acometido (desde que liberado pelo ortopedista e respeitado os cuidados necessários em função do tipo de fixação cirúrgica realizada), o ganho de força muscular, o aumento da amplitude de movimento articular, a melhora da propriocepção, o retorno da marcha (quando liberado pelo ortopedista) com os cuidados e descarga de peso adequados a cada tipo de fixação cirúrgica, entre outros. É importante lembrar que os objetivos e condutas adequados a cada paciente devem sempre ser traçados em função do resultado da avaliação fisioterapeutica, do tipo de fratura, do tipo de imobilização e de estabilização cirúrgica. O fisioterapeuta deve sempre respeitar cada fase da consolidação óssea, tomar os cuidados adequados com os exercícios e condutas de uma maneira geral em função do tipo de cirurgia e material utilizado para fixação da fratura. É de fundamental importância a integração com a equipe médica e principalmente com o ortopedista responsável pelo paciente.
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